Um servidor público de 45 anos quase foi morto pela esposa, no momento em que dormia em sua residência no loteamento São José, Bairro KM-30, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Marivaldo dos Passos Santos teve graves queimaduras após sua companheira Eliane Bispo dos Santos jogar água quente com óleo em seu corpo.
Em contato com o SIMÕES FILHO ONLINE, a irmã de Marivaldo, dona Maria do Anjos, de 53 anos, explicou que o irmão trabalha na Prefeitura Municipal de Simões Filho, mas passou o sábado de folga realizando um serviço extra como Pedreiro na casa do cunhado.
Ao retornar do “bico”, Marivaldo tomou um banho, almoçou e deitou para dormir, foi quando a companheira esquentou a água com óleo em uma panela e derramou no corpo do funcionário público.
“Meu irmão acordou atordoado. Ele me disse: — minha irmã eu pulava tanto dentro de casa, corri pra debaixo do chuveiro e fiquei pulando de dor”, narrou.
“Ela foi fria, ele estava trabalhando na casa do irmão dela o dia todo. Ela fez pra matar — foi tudo planejado — ela não fez só pra queimar, ela fez pra matar meu irmão. Isso foi uma tentativa de homicídio”, completou dona Maria.
“Ele me disse que nunca pensou que um ser humano fosse capaz de fazer isso”
Marivaldo sofreu graves queimaduras de segundo grau nas costas, nádegas, peito, ombros, braços, pescoço, orelha e também no rosto.
Dona Maria contou que o caso aconteceu por volta das 16 horas, mas só conseguiu tirar o irmão de dentro da casa já por voltas das 22 horas. Ele precisou ser atendido na emergência do Hospital Municipal de Simões Filho, na Avenida Washington Luis, área central da cidade.
O descaso médico no Hospital
Já dentro da unidade de saúde, Maria dos Anjos relatou que “houve descaso” por parte do médico que atendeu o irmão. “Fizemos a ficha e fomos atendidos rapidamente. Fomos bem atendidos pelos enfermeiros, mas o médico agiu com descaso. Sentindo muitas dores, meu irmão dizia que não queria ser medicado, e o médico simplesmente disse que iria colocar no prontuário que meu irmão tinha fugido do hospital. A enfermeira ainda questionou ao médico se ele não iria fazer nada, e ele disse: ‘já que ele não quer, manda ele de volta para casa’, e foi exatamente isso que ele fez. Indicou uma pomada e mandou eu levar meu irmão de volta para casa. A enfermeira ainda disse assim: — tem que encaminhar ele para o HGE, mas o médico ignorou”, contou.
Ao chegar em casa, Marivaldo desmaiou duas vezes, e percebendo que ele não iria suportar de tanta dor, a família conseguiu um carro e o encaminhou para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde permanece internado no centro cirúrgico do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). “O atendimento no HGE foi muito diferente, assim que chegamos colocou ele no soro e o encaminhou para o setor de queimados”, pontuou.
Ainda segundo informações da família, a mulher de Marivaldo tem histórico de agressões contra o marido. “Ela já está acostumada fazer esse tipo de coisa. Já é a terceira vez que ela faz isso”, disse ao SIMÕES FILHO ONLINE.
“A identidade dele está na mão dela, o cartão de credito dele ela quebrou. Vou registrar o caso na delegacia. Essa mulher precisa ser detida, precisa ter um limite para ela. Da mesma forma como ela fez com ele, pode fazer com qualquer um de nós. Isso foi uma tentativa de homicídio”, ressaltou dona Maria.
A família também disse que os policiais chegaram a ir até a residência da vítima, mas a suspeita não foi presa. “A policia veio disse que era briga de família e que não iria se meter. Enquanto isso ela está em casa como se nada tivesse acontecido”.
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