A situação foi qualificada como “epidemia” somente agora, mas vem se desenvolvendo há mais tempo.
O Ministério da Saúde admitiu nesta semana que o Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis. Entre junho de 2010 e 2016 foram notificados quase 230 mil casos novos da doença, de acordo com o último boletim epidemiológico do governo, três em cada cinco ocorrências (62,1%) estavam no Sudeste e a transmissão de gestantes para bebês é atualmente o principal problema.
As mulheres são o grupo cuja vulnerabilidade vem aumentando.
Os casos de sífilis congênita, de transmissão da mãe grávida para o bebê, também cresceram expressivamente.
No ano passado, a cada mil bebês nascidos, 6,5 eram portadores de sífilis. A a incidência da sífilis congênita praticamente triplicou em meia década.
As principais causas da atual epidemia de sífilis deve-se ao esgotamento do impacto das campanhas de uso de preservativos e da sua ampla disponibilização parece ser um dos fatores do recrudescimento dos casos de sífilis. Por outro lado, a implicação do desabastecimento de penicilina afeta a evolução individual da doença e a possibilidade de cura. A ideia é que muitos fatores estão implicados no presente crescimento dos casos. Corroborando essa ideia vale ressaltar que o crescimento da epidemia se iniciou antes de se tornar visível e importante a falta do medicamento.
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