Kátia Oliveira propõe ao governo criação de programa estadual para capacitação de mulheres em administração pública

Kátia Oliveira propõe ao governo criação de programa estadual para capacitação de mulheres em administração pública

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A deputada estadual Kátia Oliveira (União Brasil) apresentou uma indicação ao governo do estado para a criação de um programa de capacitação profissional em administração pública voltado para mulheres na Bahia. O programa terá foco em gestoras públicas, vereadoras e secretárias municipais, com o objetivo de fortalecer a participação feminina na política e na administração pública.

Segundo a deputada, a sociedade brasileira historicamente excluiu as mulheres dos espaços de poder político. Apenas a partir da instituição do Código Eleitoral de 1932, as mulheres passaram a ter direito a voto e a serem candidatas. No entanto, mesmo com a permissão para votarem e serem votadas, a participação masculina ainda é superior em todos os níveis e dimensões da política. A deputada ainda destacou que a igualdade formal trazida pela lei não assegura a igualdade de condições políticas entre homens e mulheres.

Na Bahia, dos 417 municípios, apenas 53 são administrados por mulheres, e em 2020, 90 municípios não elegeram sequer uma mulher vereadora para as suas Câmaras Municipais. Dessa forma, o programa de aperfeiçoamento e capacitação profissional em administração pública voltado para mulheres visa incentivar e fortalecer novas candidaturas femininas, além de favorecer a ocupação de cargos públicos de liderança por gestoras públicas.

A criação desse programa, segundo a deputada, tem duplo objetivo. “Primeiramente, garantiria uma formação especializada em temas caros à gestão pública as mulheres deste público-alvo, de modo a torná-las ainda mais aptas para liderar a formulação e implementação de políticas públicas, fortalecendo sua atuação em processos relevantes, como aqueles relacionados às licitações e contratos administrativos. Não esquecendo, claro, de que esse programa poderá ser útil para trazer novos conhecimentos acerca de procedimento legislativo brasileiro, captação de financiamento e recursos externos, gestão de parcerias e convênios, dentre outros”, disse.

O segundo objetivo seria decorrente de que a ocupação de cargos públicos de gestão e liderança pelas mulheres resultaria em maior visibilidade de seu trabalho técnico e ação política, fortalecendo as candidaturas femininas em suas futuras pretensões eleitorais. “À medida que disponham de gestoras e servidoras cada vez mais capacitadas, os municípios alcançarão níveis de gestão excelentes, tornando-se mais pujantes, competitivos, produtivos e, por fim, mais independentes. É inegável que a participação igualitária da mulher na política e na vida pública de suas cidades significaria, numa análise mais profunda, maior qualidade da democracia participativa”, frisou.

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