“Irei avaliar minha permanência no partido”, diz Bolly Bolly após Carlinhos Bayano assumir presidência do Solidariedade

“Irei avaliar minha permanência no partido”, diz Bolly Bolly após Carlinhos Bayano assumir presidência do Solidariedade

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O vereador Cleiton Bolly Bolly e o suplente Carlinhos Bayano são da mesma base do prefeito Diógenes Tolentino, porém existe entre eles uma rivalidade política pelo fato dos dois terem o mesmo reduto eleitoral 

A “janela partidária” que possibilita as trocas de partidos para vereadores de olho nas Eleições 2020, só deve ser aberta em abril do próximo ano, mas as movimentações parecem que já estão em curso na política de Simões Filho. O cenário de incertezas, que mistura turbulências políticas e indefinições, deve fazer com que, pelo menos, alguns vereadores do município troque de partido para o próximo pleito municipal. Neste sentido, o vereador Cleiton Bolly Bolly (SD), declarou em entrevista por telefone, ao Programa Panorama de Notícias, nesta terça-feira (30), apresentado pelo radialista Ataíde Barbosa, na Rádio Simões Fiho FM 87,9, que pretende avaliar sua permanência no partido Solidariedade, após ser “pego de surpresa” com a articulação política que aclamou Carlinhos Bayano como presidente do diretório municipal da legenda em Simões Filho.

Atualmente, o assunto tratado amplamente nos bastidores da política divide as atenções dos vereadores do próprio partido, entre eles, Bolly Bolly, Del, além do atual secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Simões Filho, Elias Melo, que foram, segundo Bolly, “pegos de surpresa”, com a mudança repentina no comando do partido no município, sem sequer terem sido avisados. É bem provável que essa decisão inesperada foi por intermédio de articulação que partiu da própria executiva nacional e estadual do partido.

“Nós fomos pegos de surpresa. A comunicação do gabinete do vereador Bolly Bolly, do ‘vereador do gueto’, também não foi comunicada a nada. Eu fiquei sabendo que essa notícia saiu na madrugada, na hora que estava todo mundo dormindo. Fui pego de surpresa. Eu conversei com o outro nobre colega de bancada, vereador Del, que não sabia de nada, inclusive o presidente do partido disse que não estava sabendo de nada. Então, a gente não sabe de que forma isso aconteceu e nos pegou aqui de repente e de surpresa. Estamos perplexos e não ficamos sabendo de nada. O que me deixou mais surpreso é que o secretário Elias Melo disse que não sabe de nada”, relatou Bolly. “Eu já liguei para o presidente nacional e estadual do partido que não atendem, visualizam e não responde e nós estamos aguardando para saber”, emendou o vereador.

Na mesma entrevista, Bolly declarou que vai avaliar sua permanência no partido através do qual se elegeu com 1.413 votos no pleito de 2016, mas não descarta a possibilidade de deixar os quadros da legenda e rumar para outra sigla.

“Nós estamos avaliando o comportamento, a postura do partido dentro da base do prefeito Diógenes Tolentino. Hoje, estamos na base do prefeito Dinha caminhando lado a lado, porque é um prefeito que tem compromisso com a cidade de Simões Filho, mas nós também estamos preocupados com a nossa reeleição. A gente vai consultar os demais membros do grupo. Vou sentar com a minha assessoria e com os advogados do vereador para que a gente veja quais as medidas cabíveis que nós iremos tomar, mas com certeza, nós não iremos caminhar com esse partido”, disse.

Movimentações antecipadas para 2020

Diante deste cenário, Bolly já admite e antecipa uma possível mudança de partido. O PSDB pode vir a ser o destino do vereador, quando provocado pelo entrevistador sobre o assunto. Já os demais filiados do partido, entre eles, Del e o próprio Elias Melo, não sabemos o futuro deles, se pretendem permanecer ou sair da sigla com a mudança de direção do partido local.

“Nós fomos eleitos com 1.413 votos, mas é como ele falei: nós estamos trabalhando. Mas, a gente vai tomar uma decisão, porque as coisas não podem está acontecendo do jeito que está acontecendo, sem comunicar os membros do partido”, desconversou.

A tendência é que Bolly já pensa em sair do SD. O vereador afirmou que se sente desconfortável na legenda após Bayano assumir o comando do Solidariedade em Simões Filho,  mas que sua permanência dependerá da conjuntura política local.

“O partido tem o nome de solidariedade, mas os que têm solidariedade são poucos. São poucos que têm essa solidariedade de comunicar alguma coisa a alguém, né”, ironizou Bolly.

Com a possível saída de Bolly do SD, a tendência é que a legenda perca espaço na Câmara de Vereadores.

Por outro lado, a sobrevivência de Carlinhos Bayano na presidência do Solidariedade será imprescindível no seu fortalecimento político e na possibilidade dele disputar candidatura para vereador no próximo ano.

No entendimento dos analistas de plantão, se vier a ser candidato e mantiver a mesma votação que teve em 2016, as chances de Bayano de se eleger pelo Solidariedade são muito grandes. Bayano foi muito bem votado, garantindo um bom desempenho nas urnas em 2016, ficando na vaga de suplente pelo partido.

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