Ação apura suposto desvio em obras do estádio Fonte Nova; Wagner é ex-governador da Bahia e, especula-se, possível candidato pelo PT
Nome influente dentro do Partidos dos Trabalhadores, o ex-governador a Bahia, Jaques Wagner foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, que invadiu seu apartamento no Corredor Vitória, Salvador, na manhã desta segunda-feira (26). Especula-se que o também ex-ministro nos governos Lula e Dilma poderia preencher a vaga de candidato pelo partido caso Lula seja inelegível.
A ação acontece no âmbito da Operação Cartão Vermelho para recolher provas de um suposto esquema de superfaturamento nas obras do estádio Fonte Nova, reformado para receber os jogos da Copa do Mundo de Futebol, em 2014.
Jaques Wagner era governador do Estado na época da licitação gerada para a Parceria Público Privada que contratou o consórcio Fonte Nova Participações (FNP), em 2010, formado pela Odebrecht e OAS.
Segundo um laudo pericial, teria ocorrido um superfaturamento de R$ 450 milhões no empreendimento. O inquérito também investiga irregularidades no processo de licitação e lavagem de dinheiro, pré-julgando que poderia ter sido desviado para financiar campanhas eleitorais.
Além da residência de Wagner, seis endereços foram alvos de buscas autorizadas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
O ex-ministro vem sendo especulado pela imprensa como possível candidato à Presidência pelo PT, caso Lula não consiga se candidatar. O Partido dos Trabalhadores nega a análise e mantém defesa pelo direito do ex-presidente concorrer neste pleito.
No governo Dilma Rousseff, Jaques Wagner foi ministro da Defesa (2014) e da Casa Civil (2015) e chefe de gabinete da presidente (2016). No governo Lula, foi ministro do Trabalho (2003) e de Relações Institucionais (2005/6), além de ter chefiado o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (2004). Além disso, foi governador da Bahia por dois mandatos consecutivos (2007-2014) e deputado federal por três mandatos.
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