O prefeito de Simões Filho, Dinha Tolentino (PMDB), fez duras críticas ao sistema de regulação da saúde pública durante entrevista ao programa Balanço Geral, da rádio Sociedade da Bahia. Questionado pelo apresentador Raimundo Varela, o gestor afirmou que a cidade, apesar de contar com um hospital municipal, necessita constantemente transferir pacientes para Salvador, principalmente em casos de alto complexidade.
“A regulação, ela não está acontecendo, Varela! Eu não sei o que está ocorrendo. Infelizmente nós estamos sofrendo muito. Às vezes, nós conseguimos transferir os pacientes, mas através de amizades na Secretaria de Saúde. Amizades minhas, amizades de pessoas amigas, que tem influência em certos hospitais. E aí a gente consegue transferir”, contou.
Ainda segundo o prefeito, a situação também ocorre na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Dinha citou um exemplo de descaso, que ocorreu no início do mês de outubro.
“A equipe foi acionada, segundo a coordenadora do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) me informou e lá identificaram que o paciente estava com um AVC. Então, não tinha como deixar esse paciente no Hospital de Simões Filho, que iria ao óbito. Porque não tem estrutura para isso, não tem UTI. E aí levou para Salvador porque identificou a gravidade. Do contrário, seria homicídio culposo. A equipe ficou penando para internar o paciente. E só conseguiu depois de 10 horas”, criticou Dinha.
Por fim, ele revelou que já solicitou estudos técnicos para ampliar os serviços médicos do Hospital Municipal de Simões Filho.
“Estamos trabalhando. Agora mesmo, nós vamos comprar esses equipamentos. Já estamos nos preparando para ter uma UTI em nossa cidade. Pedi o estudo técnico da viabilidade, das condições, dos equipamentos e principalmente da manutenção dessa UTI”, pontuou.
*Informe baiano
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