HOMOFÓBICOS NÃO PASSARÃO!

By Danielle Souza

Esta semana, uma pessoa transgênero foi barrada de entrar no escolar da faculdade. O motorista (influenciado por alunos que já haviam entrado) fez questão de se levantar e de barrá-la, pedindo a autorização da prefeitura. No primeiro momento eu não entendi nada, já que estamos em
 outubro e ninguém nunca pediu nossas autorizações. Além disso, mais de 15 pessoas já haviam entrado no escolar sem apresentar nenhum documento ao motorista. A pessoa chegou a mostrar o comprovante de residência e o de matrícula também, mas ele estava irredutível. Será que eu estava presenciando uma cena de homofobia?

Resolvi entrar em defesa dessa pessoa, alguém que eu nunca havia visto antes. Assumi a sua responsabilidade no escolar e ela entrou, me agradecendo. Nem a conhecia. Não precisava fazer isso. Mas eu aprendi a abraçar as causas das minorias em qualquer lugar em que eu esteja. Não dava para sentar e cruzar os braços, como muitos fizeram.

No Brasil, dados do Relatório de Violência Homofóbica do ano de 2013, apontam que o país tem 5 denúncias de homofobia por dia. CINCO. Dentre as violações mais denunciadas estão a violência psicológica (40,1%), a discriminação (36,4%) e a violência física (14,4%). Sem falar nos crimes que são silenciados, pois não é todo mundo que tem a coragem de expor o seu sofrimento.

A probabilidade de um jovem homossexual cometer suicídio é cinco vezes maior do que um jovem heterossexual, segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Estudos anteriores apontam que o suicídio é a terceira principal causa de morte entre os jovens no país e que o ambiente em que eles convivem pode fazer muita diferença.

Na mesma semana, circulou um vídeo do Dr. Drauzio Varella, onde o médico perguntava aos internautas, que diferença fazia para eles se seus vizinhos dormiam com alguém do mesmo sexo. Que diferença faz para você?Em que grau isso afeta a sua vida? Por que você se incomoda?

Homofobia é crime e pode resultar em até cinco anos de prisão.

Não fique em silêncio. Denuncie!